ESTUDO: Leiria nos Campeonatos Nacionais de Clubes (pc) 2005 a 2020

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INTRODUÇÃO
Nesta fase do desejado regresso à normalidade, que importa ser feito no cumprimento das recomendações das autoridades, regressamos também às analises dos participações dos Clubes da ADAL em provas de âmbito nacional. O desejo da maioria dos clubes de atletismo é que possamos retomar as competições distritais e nacionais, sendo uma das mais apetecíveis os campeonatos de clubes. Todas as competições de atletismo, com classificações coletivas, representam oportunidades para os Clubes expressarem o seu valor e tentarem desta forma expressar o melhor possível a sua identidade no confronto com os demais.
Os campeonatos nacionais de clubes em pista coberta geram dinâmicas, em alguns casos muito interessantes e confirmam que os Clubes podem ser muito mais do que “apenas” o somatório dos resultados dos seus atletas. Temos assistido a “quase tudo” desde “atletas” que apenas alinham à partida para completar o número mínimo de participantes exigido pelo regulamento da FPA, até à recuperação de antigos atletas que “ressuscitam” dando um pouco mais de si à modalidade e recebendo algo em troca. É bom relembrar que há governos regionais e autarquias que apoiam muito bem a participação das suas coletividades, em especial porque as mesmas divulgam o seu município junto da comunidade atlética e na comunicação social. Paralelamente às organizações das diversas fases destes campeonatos, há toda uma dinâmica económica que revitaliza a área onde estes se realizam.
ANÁLISE QUANTITATIVA
Comentando o quadro que se refere ao número de clubes, por ano, que participaram nos campeonato nacionais de clubes em pista coberta, por Associação Distrital/Regional, ao longo dos 4 últimos ciclos olímpicos (Pequim, Londres, Rio e Tóquio) encontramos algumas surpresas. Começamos por constatar que a Associação de Aveiro é a que tem tido maior número de clubes a participar neste tipo de campeonatos, evidenciando uma excelente dinâmica coletiva, totalizando 109 participações. O Porto ocupa a 2ª posição com 89 comparências e o distrito de Santarém regista 77. Lisboa encontra se no 4º lugar com 73 presenças, seguindo se a ADAL (5) com 68 presenças. O distrito de Setúbal (6º) apresenta 63 participações, o Algarve (7º) 46, as Associações de Braga e Coimbra ocupam a 8ª posição com 40, a Associação de Atletismo da Região Autónoma da Madeira é a 10ª registando 39 participações e o distrito de Viana do Castelo é 11º com 18.
Para além dos justíssimos destaques que nos merecem as equipas da Juventude Vidigalense, é justo referir a participação de todos os clubes da ADAL nestes campeonatos ao longo destes 16 anos. A JV apresentou sempre equipas feminina e masculina ao longo dos 16 anos que constituem os últimos 4 ciclos olímpicos. O Clube Atletismo de Marinha Grande só não participou nestes campeonatos no 1º ano deste estudo (2005), nos 3 anos seguintes apresentou apenas equipa feminina (!?) passando a partir de 2009 a apresentar equipas de ambos os géneros. A ACDR Arneirense tem registos entre 2006 e 2015 (9 campeonatos), não tendo participado em 2011 e estando ausente desde 2016. É um dos clubes que pela sua história no atletismo nacional e distrital, deveria voltar a ser o representante do sul do distrito de Leiria. O Atlético Clube de Vermoil começou a participar nestes campeonatos em 2010 e até ao ano de 2018 só faltou em 2012, sempre em ambos os géneros, deixando a sua marca em 8 campeonatos. A ADCR do Bairro dos Anjos esteve presente em 5 campeonatos entre 2005 e 2009. O Grupo Alegre e Unido da Bajouca iniciou a sua participação em 2014 completando 6 campeonatos seguidos até 2019. A Casa do Benfica em Alcobaça registou a sua presença em 2009, 2010 e 2012.
O Núcleo do Desporto Amador de Pombal marcou presença nos campeonatos de 2012 a 2015,apresentando equipas de ambos os géneros, exceto em 2015. Clubes do distrito de Leiria apenas com uma presença: Grupo de Atletismo da Caranguejeira (2012 com equipa masculina), Associação de Atletismo de Pombal (2010 com equipa masculina) e Academia de Atletismo Acro Pombal no presente ano em ambos os géneros.
ANÁLISE QUALITATIVA
FEMININOS
No que se refere às classificações dos pódios coletivos femininos destes campeonatos, a Juventude Vidigalense ocupa uma brilhante 2ª posição (algo subjetiva), analisando os 4 últimos ciclos olímpicos. A melhor classificação é a 2ª posição nos anos de 2015 e 2018. A JV detém ainda mais 5 posições de pódio (3º lugar) nos anos de 2014, 2016, 2017, 2019 e no presente ano. O Sporting Clube de Portugal apresenta grande supremacia tendo conquistado 15 dos 16 títulos nacionais coletivos em disputa ao longo dos 4 ciclos olímpicos mais recentes. Só em 2010 o Futebol Clube do Porto lhe conseguiu arrebatar o lugar mais alto do pódio. O Sport Lisboa e Benfica esteve ausente em 6 dos 16 campeonatos, tendo ao longo destes 16 anos mais recentes, conseguido 8 lugares no pódio, 7 dos quais de 2º lugar.
MASCULINOS
Considerando os lugares cimeiros (3 melhores) nos campeonatos coletivos masculinos em pista coberta o Juventude Vidigalense situa se, mais uma vez em grande destaque, apenas superado pelos dois clubes que mais apostam no atletismo coletivo: O Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa a Benfica. O JV tem um currículo impressionante com 6 subidas ao pódio desde 2011. O melhor registo foi o 2º lugar em 2015. O 3º lugar foi conquistado nos anos de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2019. O SCP foi o campeão nacional entre 2005 a 2011 e em 2017. O SLB 2012 a 2015 e de 2017 a 2020.
1-6-2020; Carlos Carmino – DTR da ADAL